Levantamento da Federação Única dos Petroleiros (FUP) divulgado nesta terça-feira (07/11/2023) mostra que o gás liquefeito de petróleo (GLP) chega a ser comercializado por R$ 145,00, 72% acima do cobrado pela Petrobrás pela Refinaria da Amazônia (Ream), privatizada em 2022. Os dados foram extraídos da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) . Os valores equivalem a mais de 10% do valor do salário mínimo
“A população não pode continuar refém das empresas privatizadas, que detêm o monopólio privado nas regiões onde atuam, praticando preços abusivos ao consumidor”, destaca o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, referindo-se à privatização da Refinaria da Amazônia – antiga Refinaria Isaac Sabbá (Reman) -, vendida em dezembro de 2022 para o Grupo Atem.
A possibilidade de disparada do preço foi alertada antes mesmo do final da transação. Em março de 2022, representantes de sindicatos e analistas convidados pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) criticaram o processo de privatização da Refinaria em Manaus e alertaram que o negócio pode deixar os derivados que são produzidos aqui mais caros.
Não bastasse a alta nos combustíveis, o preço negociado pela Petrobras para a venda da Isaac Reman à Atem Distribuidora de Petróleo foi cerca de 70% inferior ao seu valor de mercado. O estudo de comparação com os cálculos estimados foi divulgado pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) em agosto de 2021.
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