Amazônia

AM: Polícia Federal desarticula esquema contra servidores e aposentados

Atualizada às 11h15

A Polícia Federal realizou nesta sexta-feira (14/10/2022) a Operação Fair Play, que tem como objetivo reprimir crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, contra a economia popular, lavagem de dinheiro, investigados desde 2021 a 2022. O alvo da operação é o grupo financeiro Lotus Corporate, que já foi alvo de matéria do Vocativo no último dia 24 de setembro sobre denúncia de servidores do município de Manaus.

Ao todo, estão sendo cumpridos 07 mandados de prisão temporária e 18 ordens judiciais de busca e apreensão nas cidades de Manaus, Boa Vista/RR, Belém/PA e Natal/RN. Além dos mandados, foi determinado o bloqueio de bens e valores das pessoas físicas e jurídicas investigadas, tal como o sequestro de bens móveis e imóveis que, eventualmente, estejam em sua posse. Após a instauração de Inquérito Policial para apurar os fatos, a Polícia Federal confirmou que a empresa investigada busca atrair, em especial, servidores públicos e aposentados.

Ao longo das investigações, foi possível apurar que a empresa investigada compunha grupo empresarial que atuaria nos mais diversos segmentos comerciais, que envolviam desde à promoção de eventos a fim de divulgar suas atividades, a exemplo da realização de shows com atrações nacionais em Manaus, campeonatos de pescaria, patrocínio de equipe de e-sports, até a compra e venda de automóveis.

A PF constatou ainda que, em um período de dois anos, o grupo empresarial investigado movimentou, aproximadamente, R$ 156 milhões. Os sócios e representantes, por sua vez, apresentaram evolução patrimonial meteórica, enquanto ostentavam um alto padrão de vida em redes sociais, residindo em condomínios de luxo, realizando viagens nacionais e internacionais e adquirindo veículos e embarcações também de luxo.

O nome da operação faz referência à conduta ética exigida na prática de esportes. Os crimes em apuração vão desde crimes contra o sistema financeiro, contra a economia popular, lavagem de dinheiro a organização criminosa, dentre outros, cujas penas máximas somadas ultrapassam 30 anos de prisão.

Servidores

Três servidores da prefeitura de Manaus procuraram o Vocativo pedindo anonimato reclamando de terem sido abordados por empresas financeiras sem o seu consentimento e sem terem cedido seus dados para campanhas de telemarketing. As empresas se identificaram como a Grupo Lótus Corporate, com sede na capital do Amazonas.


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