Terceiro secretário de saúde do Amazonas durante a pandemia da Covid-19, Marcellus Campelo será ouvido na manhã desta terça-feira (15/06/21) na CPI da Pandemia no Senado. O foco da oitiva será o colapso na saúde em Manaus durante o mês de janeiro, além das acusações de superfaturamento na compra de respiradores, trazida à tona pela Operação Sangria, da Polícia Federal.
Vale lembrar que os três secretários no período (o próprio Campelo, além dos seus antecessores Rodrigo Tobias e Simone Papaiz) foram presos durante as fases da operação. Marcellus, por sinal, não foi um nome escolhido preferencialmente para a pasta. Ele assumiu de forma interina em julho de 2020, após o pedido de exoneração de Simone Papaiz. Assim como os seus antecessores, Campelo pediu exoneração ao deixar a prisão e deixou o governo no último dia 02.
O ex-secretário também é alvo de processo pelo Ministério Público Federal (MPF) junto com o vice-governador do Amazonas, Carlos Alberto Souza de Almeida Filho (PTB) e outros dois ex-titulares da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) por irregularidades no contrato de gestão de duas unidades de saúde em Manaus: a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Campos Salles e Hospital Delphina Aziz.
Os pontos mais polêmicos
Os dois pontos mais polêmicos do depoimento do ex-secretário dizem respeito ao colapso de janeiro. Conforme o Vocativo revelou em maio, a SES-AM foi informada pela White Martins duas vezes ao longo de 2020 sobre o aumento do consumo de oxigênio no Amazonas, durante a gestão exatamente de Marcellus Campelo.
Outro momento a ser apurado é a visita da comissão do Ministério da Saúde no dia 04 de janeiro, quando a secretária Mayra Pinheiro veio a Manaus para o lançamento do aplicativo TrateCov, que serviria para a distribuição de medicamentos ineficazes contra a Covid-19. A capital vivia, naquele momento, a segunda onda da pandemia.
Foto: Diego Peres / Secom-AM
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