Aprovada por por 339 votos a 114, a autonomia do Banco Central é defendida como uma maneira de “melhorar” a imagem do Brasil no exterior e assim atrair investimentos. No entanto, segundo relatório do Banco Mundial, esse tipo de mecanismo restringe indiretamente a política fiscal de um país e enfraquece um capacidade do governo de se envolver na redistribuição de renda, aumentando as desigualdades sociais.
No documento, a independência do banco central incentiva os governos a desregulamentar os mercados financeiros, o que gera um boom valores de ativos. Como esses ativos estão predominantemente nas mãos de segmentos mais ricos da população, é justamente aí o grande problema.
Para conter pressões inflacionárias, os governos promovem ativamente políticas que enfraquecem o poder de barganha dos trabalhadores. Juntos, essas políticas fortalecem as tendências seculares em direção a desigualdade de acordo com indicadores padrão. Para os analistas do Banco Mundial, há uma forte relação entre banco central independência e desigualdade.