Amazônia

Greenpeace oferece bolsas para projetos sobre biodiversidade da Amazônia

O Greenpeace Brasil lança hoje um edital para concessão de bolsas de mestrado e apoio para trabalho de campo para estudantes de pós-graduação com projetos nas áreas de Botânica e Zoologia ligados a Programas de Pós-graduação de Instituições Públicas de Ensino e Pesquisa sediadas no Brasil, dentro do Bioma Amazônia. Pesquisadores interessados têm até o dia 13 de março para fazer a inscrição.

O programa intitulado “Tatiana de Carvalho” de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade da Amazônia vai selecionar propostas para o desenvolvimento de pesquisas relativas à identificação e descrição da biodiversidade amazônica, particularmente em áreas sob pressão de desmatamento, queimadas e estradas. “Estamos perdendo mais e mais florestas sem sequer conhecer tudo o está lá. Além de zerar o desmatamento, é preciso priorizar a pesquisa científica visando o conhecimento da biodiversidade amazônica. A iniciativa tem como objetivo apoiar e divulgar a pesquisa científica voltada ao conhecimento da biodiversidade Amazônia e as descobertas de novas espécies”, afirma Cristiane Mazzetti, da campanha de Amazônia do Greenpeace.

O lançamento deste edital ocorre num momento muito importante: 2020 é um ano decisivo para a emergência climática e a perda de biodiversidade. Em meio a essa crise, o Greenpeace considera fundamental fortalecer a proteção da biodiversidade e garantir esforços para atingir o desmatamento zero, pois é com a floresta em pé que podemos mitigar os impactos das mudanças climáticas e garantir o habitat das espécies.

Estudos mostram que o desaparecimento da biodiversidade global vem ocorrendo mil vezes mais rápido do que se acontecesse naturalmente, e dentre as causas está a destruição do habitat das espécies. Por isso, pensando na valorização dos trabalhos científicos e na importância da floresta, a organização deu início a esse trabalho focado em biodiversidade. Além do edital, o Greenpeace Brasil também está lançando um site que vai reunir as espécies recém documentadas, expondo os riscos que ameaçam o seu habitat natural.

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O programa tem duas fontes de inspiração: o trabalho de centenas de pesquisadores, técnicos, mateiros, e outros que se entregam de corpo e alma ao trabalho de revelar a biodiversidade contida nas florestas e também a ativista ambiental Tatiana de Carvalho, ativista do Greenpeace Brasil que dedicou sua vida à conservação da Amazônia.

“Apoiar pesquisadores na identificação e descrição de espécies neste momento de crise da ciência, do clima e da biodiversidade, é também contribuir para a conservação deste bioma e assegurar os serviços ambientais como o equilíbrio climático regional e global. Somente as pesquisas realizadas no Museu Goeldi, no Pará, identificaram 606 novas espécies nos últimos vinte anos (2000-2019), se houvesse mais incentivos, imaginem quantas outras espécies já seriam conhecidas, no entanto a ciência também tem sido enfraquecida pelo governo”, completa Cristiane.

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