Amazonas

Amazonas tem mais de 50% das moradias com problemas

O Amazonas possui 51,9% de seus domicílios com as chamadas "inadequações edilícias", como a ausência de banheiro exclusivo, armazenamento de água, ou piso e cobertura inadequados em uma moradia. Estado ocupa o segundo lugar no ranking nacional

O Amazonas possui 51,9% de seus domicílios com as chamadas “inadequações edilícias”, fazendo com que o estado ocupe o segundo lugar no ranking nacional de maiores valores relativos. As inadequações edilícias são caracterizadas pela ausência de banheiro exclusivo, ou número de cômodos servindo de dormitório e armazenamento de água, ou piso e cobertura inadequados em uma moradia.

A informação é da Fundação João Pinheiro, instituição responsável pelo cálculo do déficit habitacional do Brasil em parceria com a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades. A atualização dos dados para o ano de 2022 teve como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Cadastro Único para Programas Sociais CadÚnico.

A inadequação edilícia é um dos três componentes que formam a inadequação de domicílio, indicador que reúne os domicílios incapazes de atender às necessidades ou aos serviços básicos que uma habitação deveria suprir com qualidade para uma família.

Considerando o total de domicílios inadequados em relação ao total de domicílios duráveis por grande região, as maiores participações de inadequações de infraestrutura e edilícias concentram-se nas regiões Norte e Nordeste, enquanto a região Sul se destaca pela participação relativa da inadequação edilícia, superando consideravelmente os outros subcomponentes da inadequação, como infraestrutura e inadequação fundiária.

Em relação a regiões, a região Norte possui a maior quantidade de domicílios com inadequação, cerca de 6,0 milhões, seguida de perto pela região Nordeste, que se aproxima dos 4,0 milhões de domicílios nessa situação. Por outro lado, ao analisar o padrão construtivo das habitações, a região Sudeste aparece em primeiro, com os maiores valores, contabilizando mais de 3,0 milhões de domicílios com inadequações edilícias, seguida pela Região Nordeste, com valores muito próximos a este.

Em termos demográficos, as regiões Norte e Nordeste apresentam as maiores proporções de domicílios inadequados com responsáveis não brancos, enquanto a região Sul registra as menores proporções nesse aspecto. No que diz respeito aos domicílios inadequados chefiados por mulheres, o Nordeste se destaca, superando 53% do total, seguido de perto pelo Centro-Oeste.

*O estudo é da FJP, mas a Habitat Brasil pode falar sobre a escassez e ineficiência de políticas públicas voltadas para a área de habitação no país. Além disso, a Habitat é uma organização que pode qualificar e explicar os dados divulgados, abordando exemplos a partir do trabalho desenvolvido diretamente com famílias ao longo de 32 anos.


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1 comentário

  1. O problema está na má qualidade dos materiais de construção brasileiros. Os brasileiros constroem sua própria casa em média 4 vezes em um ciclo de vida, enquanto nos países mais desenvolvidos as pessoas só precisam construir e financiar sua casa uma vez.

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